Pular para conteúdo
La Parisserie
  • Nossa história
  • Cursos / E-books
  • Consultoria
  • Blog
  • Contato
REFLEXÕES

O tal do leite condensado

Pariticipei de uma matéria super interessante para o Jornal O Tempo essa semana, sendo o tema uma reflexão sobre o uso do leite condensado na confeitaria brasileira. Uma repercursão ao artigo do projeto “O Joio e o Trigo” (leia na íntegra aqui para saber mais), que deu o que falar nas redes sociais dos confeiteiros!

Postei a matéria completa do “O Tempo” nas redes sociais, e aqui no blog você pode ler na íntegra as minhas respostas para essa entrevista. 🙂

Um tema importante e necessário, que há muito já deveria estar nas reflexões dos profissionais da área.

1 – O leite condensado é ingrediente onipresente na doçaria brasileira e as propagandas da época sempre forjaram isso (há uma que era incentivando a substituição do leite materno!). Qual a sua opinião sobre isso, esses preparos “tradicionais” com o uso quase obrigatório na cultura alimentar do leite condensado? Ele é essencial para determinadas receitas?

O leite condensado, na verdade, é um produto muito recente na história da formação da nossa culinária. Apesar da presença maciça do ingrediente em sobremesas brasileiras, essas são muito mais amplas, técnicas, e criativas do que se imagina, e passam pela mesma tríade de conhecimentos e mãos que formaram a culinária do nosso país: índios, africanos e europeus. Reduzir nossa doçaria à influência única de um ingrediente, que foi introduzido por um belo golpe de marketing, é fechar os olhos à riqueza que temos em mãos, silenciar as vozes que participaram da sua construção, e desvalorizar toda uma história, toda uma memória coletiva.

Dito isso, é inegável que esse ingrediente faz parte, também, desse caminho que passa pela construção da doçaria brasileira. Não sou contra o leite condensado, e tenho sim memórias afetivas com doces feitos com ele, que adoro e consumo até hoje. A questão é: existe um mundo doce muito além do leite condensado, e tirando talvez o brigadeiro (esse sim, um doce criado única e exclusivamente por causa desse ingrediente), não penso em nenhum outro preparo em que o leite condensado seja essencial ou “obrigatório”. Nossas ditas receitas tradicionais, vieram muito antes dele e não tem nenhuma necessidade do seu uso, a não ser a falta de conhecimento (e interesse) sobre as receitas originais, que demandam muito mais trabalho, estudo e prática para serem executadas.

2 – Que substitutos são possíveis dentro das receitas que, “obrigatoriamente”, possuem leite condensado?

Como comentei, a única receita que vejo obrigatoriedade na utilização do leite condensado é o brigadeiro, e talvez seus “derivados”, como uma palha italiana etc. A base dessa receita tem 3 ingredientes imutáveis: leite condensado, chocolate e manteiga. A partir daí temos variações por questão de gosto, como adicionar creme de leite, usar um chocolate mais ou menos intenso, aromatizantes, etc. Qualquer outra receita pode ser feita sem ele, e, provavelmente, substituindo apenas por leite e açúcar, como o caso do arroz-doce que enviei para vocês. A questão, mais uma vez, é a praticidade e falta de conhecimento sobre o que fazer se não tenho o leite condensado! Desaprendemos nossa doçaria, as sutilezas envolvidas no processo. Por exemplo, um doce sem leite condensado vai demorar mais a dar o ponto, tem que ficar mexendo e de olho por mais tempo, é um trabalho cansativo, quente. Tem que ter cuidados e conhecimento de texturas, cheiros, “pontos”, e isso a maioria, infelizmente, não tem interesse em saber.

3- O Brasil é o maior consumidor de leite condensado do mundo. De acordo com dados da própria empresa divulgados em 2020, são sete latas de leite Moça por segundo, o que dá 220 milhões de latas por ano. O quanto isso pode comprometer a confeitaria, o legado gastronômico e as gerações futuras?

Acho que já compromete muito. É uma dificuldade ser um profissional da área e ser demandada a todo tempo pelos mesmos produtos, mesmos sabores, realmente muito triste e desanimador. Claro que não são todos, mas é uma grande parcela que ainda temos que lidar no mercado consumidor. Fazemos um trabalho de formiguinhas mesmo, explicando, trazendo novas ideias, propondo alternativas e mostrando outros caminhos. E isso demanda muito estudo, muita experimentação, construção de referências, testes, pesquisas, anos de trabalho, que na maioria das vezes não é valorizado. Muitos que trabalham na área querem o conhecimento pronto, demandam receitas, mas não sabem o que fazer se algo dá errado. Não tem interesse em conhecimento, apenas em informações. Querem tudo pra ontem, pois “fulano faz”, “isso vende”, independente se faz sentido ou não.

E ainda caímos, também, na questão da transmissão desses conhecimentos dos doces tradicionais, que é outro problema. Brigadeiro e leite condensado são considerados 100% brasileiros, mesmo sendo um ingrediente de origem americana que foi introduzido por massificação de propaganda da indústria, colocando-se como parte da nossa identidade até mais que a doçaria tradicional. Todo brasileiro conhece, já comeu, e se reconhece no brigadeiro, como parte de uma coletividade, mas não podemos falar o mesmo de outros doces típicos.

Podemos encontrar registros de propagandas de leite condensado, a chegada do ingrediente ao país, das mudanças das latas de leite Moça, incluindo receitas práticas para as donas de casa, etc, mas pouco se acham registros de doces tradicionais. Não é a toa que toda uma geração tem referência de sobremesas feitas a base de um único ingrediente. Além dos registros, soma-se a isso a facilidade de reprodução, não sendo necessária uma transmissão de saber prático para confeccionar essas sobremesas.

Ah, mas e os cadernos de receitas antigos? São também registros, então porque a doçaria tradicional “não vingou”? Nem mesmo os cadernos de receitas são suficientes para essa transmissão. Além de falar apenas de parte dessa doçaria tradicional (geralmente a de influência europeia), deixando muita coisa de fora, não é raro pegarmos uma receita antiga de nossas avós e tentar replicar sem sucesso, se não tivemos o acesso físico desse saber, ao lado delas. O saber era passado, principalmente, oralmente, pela prática, pelo convívio, pelo dia a dia.

Nesse sentido, na doçaria tradicional temos uma memória que se perde no tempo, pois nem o registro escrito, e nem mesmo a transmissão oral a tem continuado, ou muito pouco, e em casos bem específicos. E do outro lado temos uma cultura facilitadora dos ultraprocessados na nossa confeitaria. Um simples exemplo: porque aprender a fazer um creme de confeiteiro do zero, se posso comprar uma mistura pronta da indústria, ou simplesmente fazer algo semelhante com leite condensado, que é muito mais prático? É muito difícil competir com isso, é necessário um discernimento que, apesar de “fácil”, isso não é bom, em nenhum aspecto da cadeia produtiva, e nem para construção da nossa identidade doceira.

Meu trabalho hoje, assim como de vários outros profissionais da área, é ajudar fazer ouvir essas vozes silenciadas, mudar o foco, mostrar as possibilidades e incentivar o questionamento, a curiosidade e o estudo dos que entram no mercado. O leite condensado já faz parte da nossa identidade doceira, e tudo bem. Mas ele deveria ser lembrado, apenas, como mais um ingrediente, e não como a única possibilidade, e nem a base da nossa doçaria.

ENTREMETS

Charlotte Floresta Negra

Uma receita linda, leve e deliciosa para aproveitar a estação das cerejas. Nessa receita uni duas sobremesas clássicas em uma, e a partir dela você também pode brincar com os sabores e fazer novas combinações.

A Charlotte é uma sobremesa de origem Inglesa, feita em homenagem à Rainha Charlotte, esposa do Rei George III. Ela pode ser feita com biscoito champagne, ou boudoirs (como ensinei na live da “Fornada Surpresa” em agosto! Corre no perfil para ver!), genoises, e até mesmo pão de forma ou brioches. Recheada com frutas, cremes ou mousses, é como um “pavé”, mas com uma montagem elegante e sofisticada.

Os sabores mais tradicionais são de pêra, maçã ou pêssego, mas nada impede que façamos nossas próprias criações com outras frutas e sabores. Por isso, pensei em uma receita que fosse a cara do natal e juntei esse “pavé” lindão com os sabores clássicos da Floresta negra!

A Floresta Negra é um bolo delicioso de chocolate com chantilly e cerejas embebidas em Kirsch (um licor de cerejas), e foi minha referência para elaborar a receita dessa Charlotte. Para montar uma Charlotte precisamos de alguns materiais específicos, mas caso você não tenha, monte como um pavé! 😀 Em camadas de creme, frutas e biscuits, e garanto que ficará tão delicioso quanto! O importante é se aventurar na cozinha fazendo algo doce para as pessoas que você ama!

Vamos começar com os utensílios:

  • Um aro, ou forma alta com fundo removível, de 16cm de diâmetro
  • Rolo de acetato com 7cm de largura
  • Espátulas
  • Fouets
  • Tigelas
  • Batedeira
  • Tabuleiro
  • Tapete de silicone ou papel manteiga
  • Saco de confeitar
  • Bico de confeitar liso com 12mm de diâmetro
  • Peneira fina
  • Faca de serra

Ingredientes para o biscuit à la cuillère:

  • 4 claras (120g)
  • 4 gemas (80g)
  • 125g açúcar
  • 125g farinha
  • Açúcar de confeiteiro para polvilhar.

Dica: se quiser fazer os biscuits de chocolate, substitua 10g da farinha de trigo por cacau (100%) em pó.

Ingredientes para o creme e recheio:

  • 350g de creme de leite fresco (35% de gordura)
  • 50g de nata
  • 15g de açúcar refinado
  • 45g de mascarpone, cream cheese ou qualquer queijo branco cremoso e firme.
  • 60g de chocolate 60% ralado ou em lascas (+ para decorar).
  • 100g de cerejas frescas (+ para decorar).

Ingredientes para a calda:

  • 75ml de água
  • 75g de açúcar
  • 60ml de kirsch (ou outro licor claro a sua escolha, pode ser licor de laranja, amêndoas, rum)

Modo de preparo do biscuit:

Pré-aquecer o forno à 180ºC.

Forrar o tabuleiro com o tapete de silicone ou o papel manteiga. Marque um círculo de 14cm de diâmetro. Reserve.

Bata as gemas com metade do açúcar até ponto de fita (vai ficar um creme bem clarinho e fofo que, quando deixamos escorrer do fouet, forma “fitas” na massa que está na tigela). Bater as claras em neve firme com o restante do açúcar. Delicadamente incorporar as claras batidas com as gemas. Acrescentar a farinha e incorporar com bastante cuidado para não perder a aeração da massa. Colocar a massa no saco de confeitar com o bico.

Preencher o círculo marcado com a massa fazendo uma espiral de dentro para fora. Importante não sair da borda!

No restante do tabuleiro fazer os biscuits com +- 10cm de comprimento.

Salpicar tudo com açúcar de confeiteiro muito bem. Levar ao forno até dourar levemente. Tirar e deixar esfriar.

Modo de fazer a calda:

Leve ao fogo o açúcar e a água até ferver e o açúcar dissolver por completo. Fora do fogo acrescente o licor. Deixe esfriar.

Modo de fazer o creme:

Bata o creme de leite bem gelado, a nata, o queijo e o açúcar até ponto de chantilly. Envolva as lascas de chocolate. Reserve na geladeira até a montagem. Tire o caroço e corte ao meio as cerejas. Reserve.

Montagem:

Tire os biscuits do tabuleiro com cuidado. Já prepare a base em que for montar a charlotte. Corte, com uma faca de serra, uma das pontas de cada biscuit, para que fiquem todos do mesmo tamanho e com a base reta. Forre o aro, ou a forma, internamente com o acetato. Cubra a lateral com os biscoitos, bem juntinhos, deixando a parte reta para baixo em contato com o fundo.

Corte qualquer rebarba que tenha sobrado do círculo de massa, para que fique certinho. Embeber o círculo na calda e colocar no fundo da torta.

Colocar metade do creme batido na torta e forrar com metade das cerejas, pressione levemente para que afundem um pouco. Embeber alguns biscuits na calda e colocar por cima. Despejar o restante do creme e mais cerejas. Feche usando o restante dos biscuits embebidos. Leve à geladeira por 2h, pelo menos.

Tire o aro. Decore o topo com cerejas bem maduras e frescas (veja o vídeo que fiz com a dica para tirar os caroços e manter as cerejas inteiras aqui) e lascas de chocolate. Mantenha a torta na geladeira até a hora de servir. Tire o acetato com muito cuidado (caso for transportar a Charlotte, mantenha o acetado até a hora de servir.). Você pode passar uma fita na torta para dar um charme a mais.

Delicie-se como um personagem da realeza! Afinal, é uma torta digna de uma Rainha! 😀

Feliz natal para todos, e que o próximo ano seja infinitamente mais doce!

REFLEXÕES

O doce e o tempo

“A arte culinária é algo que se cria e recria continuamente, como qualquer conhecimento humano, segue pela história fazendo trocas com o tempo. (…) Quanto mais expressamos e interpretamos a nossa cultura, mais universais nos tornamos.” (Dona Lucinha)1

“Tradição não é permanência, tradição é transmissão.” Começa assim o Professor José Newton sua fala na aula sobre Doces de tacho no @sacolabrasileira. Uma aula linda e super necessária, que misturou história, receitas, saberes, e muita reflexão. Meus estudos para conhecer e tentar compreender melhor a trajetória doceira em Minas tem me levado a vários questionamentos e descobertas. Pensar e estudar sobre “tradição” e seus significados tem sido um exercício muito surpreendente, e essa frase foi mais uma centelha que despertou novas imagens, e “viagens filosóficas”.

O que é transmissão senão uma permanência pelo tempo, conexões. Algo que transita e cria vínculos, entre pessoas, culturas, mundos, tempos… Uma tradição é um vínculo de tempo, uma continuidade de algo que se dá valor, e, portanto, permanece. No entanto, por ser uma continuidade, não é uma permanência em sentido fixo, e sim, pressupõe movimento, transformação pelas várias passagens e personagens que a vivenciaram. Tenho pensado a doçaria muito dessa forma. Como parte de uma identidade, ela, também, continua em construção, em transformação, acrescentando os saberes de cada tempo, enquanto se mantém.

O tempo…se tem algo que seja mais a essência da tradição da doçaria é o tempo. Ela é a própria conexão entre passado e presente, e espera para o futuro. Doce é memória, conecta e desperta o que já foi. Doce é conserva, que vence a barreira do tempo, para ser saboreado pelo futuro.

Quem faz doce brinca e trabalha com o tempo, é o próprio Cronos! Quem faz doce acredita na sua própria invencibilidade, “só faz compotas quem acredita que vai vencer o tempo e comê-las no futuro”, já dizia algum sábio. E o elemento que faz tudo isso possível é o açúcar.

Açúcar e tempo são quase pleonasmos. Açúcar traz temporalidade, açúcar conserva: conserva o doce, a fruta, as estações, o saber, os sabores, conserva memórias, momentos. São tantas as nuances que permeiam o doce e sua tradição, mas o tempo com certeza é das mais fascinantes.

O fazer do doce leva tempo, e o doce pronto leva o tempo…

1NUNES, Maria Lúcia Clementino; NUNES, Márcia Clementino. História da arte da cozinha mineira por Dona Lucinha. 5. ed. Belo Horizonte: Rona, 2018.

EVENTOS

Dia internacional do macaron!

Um dia consagrado ao petit four símbolo da pâtisserie francesa! Apesar de sua origem italiana, o macaron, como é feito e conhecido hoje, é de receita francesa. A receita original italiana é próxima aos biscoitos “amaretti”, mas só depois de chegar à França é que foi feita a remodelagem do doce para algo bem mais delicado (e complicado de se fazer!) como conhecemos hoje, além da maravilhosa ideia de colocar recheios e sabores variados deliciosos! Esses são conhecidos como “macarons parisienses”.

la-parisserie-nossa-historia-macarons

O “Dia Internacional do Macaron” foi criado por Pierre Hermé em 2005, e acontece todo dia 20 de março, que também marca o primeiro dia da primavera no hemisfério norte. Mas a idéia vai além de apenas comemorar esse delicado docinho e a chegada de dias ensolarados. A proposta é arrecadar doações para o combate à mucoviscidose, ou fibrose cística, uma doença genética que afeta os aparelhos digestivo e respiratório e as glândulas sudoríparas.

gourmandise-20-mars-jour-macaron-profit-vainc-L-wKqQBE

Hoje em toda a França e em alguns países do mundo sua doação vale um macaron de presente. Várias lojas em Paris ainda oferecem eventos de animação e criação de novos sabores de macarons para chamar a atenção do público para a causa. Forma super legal e deliciosa de ajudar! 🙂

Pierre Hermé, criador do evento, é talvez o Chef Pâtissier mais famoso pelos macarons na atualidade. Considerado o “Picasso da confeitaria”, ele consagrou o doce com suas receitas de sabores mirabolantes e únicos, inclusive os macarons salgados, como o de “fois gras”. Suas lojas espalhadas pela capital francesa valem a visita, e meu conselho é experimentar o macaron “mogador”, feito com uma ganache de chocolate e maracujá num equilíbiro perfeito dos dois sabores! Realmente delicioso!

PierreHermeParis

Devo confesar que os macarons do Pierre Hermé não são os meus favoritos de Paris (blasfêmia!!! :p ), mas com certeza são imperdíveis pelas combinações de sabores exóticos e muito bem trabalhados que só o Chef Hermé consegue fazer.

Inspirada pelo macaron “mogador”, a La Parisserie criou sua versão abrasileirada do doce com recheio de ganache de chocolate belga ao leite e cupuaçu, que é, como diriam os francesese, “une tuerie!” 😉

E para celebrar esse dia a La Parisserie deixa aqui uma receita de macarons de chocolate com recheio de geléia de framboesas, e com todas as dicas para um macaron perfeito! 🙂

Importante: Todas as medidas tem que ser precisas. Use uma balança digital de preferência.

Para os macarons:

  • 300g de açúcar de confeiteiro (glaçúcar)
  • 220g de farinha de amêndoas
  • 20g de cacau em pó de boa qualidade
  • 200g de claras envelhecidas (separe as claras das gemas e deixe-as na geladeira por uma semana antes de usar. O peso das claras é muito importante!)
  • 200g de açúcar refinado
  • Algumas gotas de corante alimentício vermelho
  • Geléia de framboesa para rechear

Misture o cacau, farinha de amêndoas e o glaçucar. Bata no processador de alimentos até ficar bem fino e homogêneo. Passe por uma peneira.

Em um bowl limpo e seco, de vidro ou inox, coloque as claras e o açúcar. Bata com um fouet em banho maria até que o açúcar dissolva. Tire do banho maria e coloque na batedeira batendo ao máximo até um merengue firme se formar. Essa técnica é a do “merengue suiço”. Acrescente as gotas de corante vermelho e a mistura dos ingredientes secos. Agora com uma espátula grande ou um raspador (prefiro esse), faça movimentos de baixo para cima e virando o bowl para incorporar os ingredientes. Espalhe a massa pela lateral inteira do bowl, depois recolha tudo ao centro. Essa técnica se chama “macaroner” e é importantíssima para dar a textura correta ao seu macaron. Repita essa técnica até que a massa fique lisa e brilhante. No entanto, não misture demais ou a massa ficará mole e seus macarons não crescerão no forno.

2016-01-22 11.27.47

Técnica “macaroner”

Coloque a massa num saco de confeitar com bico liso. Faça pequenas bolinhas de massa sobre um tabuleiro forrado com tapete de silicone ou papel manteiga. Dê espaço entre eles. Bata o tabuleiro na mesa para tirar bolhas de ar e para que os macarons fiquem lisos. Você pode salpicar mais um pouco de cacau por cima para um efeito diferente se quiser.

2016-01-22 12.55.13

Pré-aqueça o forno à 135oC. A temperatura pode variar dependendo do seu forno, mas é importante que seja baixa para que o merengue asse aos poucos formando a crosta por fora e fique macio por dentro. Asse os macarons por 15min. Tire-os do forno e deixe esfriar completamente antes de tirar do tabuleiro.

Recheie com a geléia de framboesas da sua preferência. Guarde os macarons na geladeira por pelo menos 24h antes de degustar. A espera vai valer a pena! 😉

 

DICAS

Angelina! Pausa para um chá em Paris.

“Angelina” é, provavelmente, uma das mais tradicionais casas de chá de Paris. Foi fundada em 1903 pelo austríaco Antoine Rumpelmayer, e, desde então, se tornou um endereço de elegância e sofisticação da confeitaria francesa, e mais uma das visitas imperdíveis em Paris!

img1     Angelinas-Team-Room-Rue-Rivoli

Foi frequentada por nomes como Proust e Coco Chanel, além de vários outros personagens da aristocracia francesa. Seu salão, lindamente decorado, é uma atração a parte, além de sua localização sob as arcadas da Rue de Rivoli que fazem dessa pâtisserie um ponto de encontro de puro luxo! Você pode comprar suas tradicionais delícias no balcão e levar para casa, mas a experiência de um chá da tarde ou um brunch de domingo é imperdível!

8452023691_4103ba8814_c

Dependendo da época do ano recomendo fazer uma reserva antecipadamente, pois a casa lota com frequencia. Não é incomum ver filas de espera na entrada, tanto para o salão de chá, quanto para as compras no balcão.

Conseguindo uma mesa no salão não deixe de provar o chocolate quente, há anos eleito o melhor de Paris! Para acompanhar, um mil folhas ou o premiadíssimo mont-blanc! Doce tradicional feito a base de merengue e marrons (conhecidas no Brasil como “castanhas portuguesas”), e que fez a fama da casa desde a sua abertura!

2013-11-20 17.22.46                        angelina

Presenteie-se com um chá da tarde na Angelina após uma visita ao Louvre, e finalize com um passeio pelo Jardim de Tuileries para (mais) um dia perfeito em Paris! 😉

 

 

 

DICAS

La Pâtisserie des Rêves

Hoje vou falar um pouco da “La Pâtisserie des Rêves”, mais uma das pâtisseries que considero imperdíveis em Paris!

LPDRS

 

Foi criada em 2009 pelo talentoso Chef Philippe Conticini e seu sócio Thierry Teyssier. No entanto, Philippe Conticini é quem comanda a casa e recebe praticamente todos os louros. Um Chef pâtissier com um grande conhecimento também na área da cozinha, e conhecido pelo seu paladar e senso de sabores inigualáveis!

A La Pâtisserie des Rêves nasceu com o intuito de trazer as memórias gustativas da infância de volta! Aqueles doces que nossas mães, avós ou tias faziam e eram uma experiência única na nossa infância, e que nos marcaram para sempre! Todos temos uma memória assim, e a ideia da loja é de criar lembranças “gourmet”. Mas não no sentido cheio de “rococós” da palavra, como nos aparece hoje, mas sim, das lembranças de gostosuras, ou até mesmo “gordices”, que fizeram parte da infância.

2013-10-09 17.09.37

Lá você vai encontrar clássicos da confeitaria francesa que fizeram, e fazem, parte do dia a dia de qualquer criança na França, mas, obviamente, com toques de um Chef brilhante. Versões “gourmand” (ou gordinhas) de éclairs de chocolate, mil folhas de baunilha, tortas de limão com merengue, e o indescritível Paris-Brest de praliné! Eleito o melhor Paris-Brest de Paris (e o qual a La Parisserie se inspirou para fazer a sua própria receita! 😉 )

 2013-10-09 17.12.25

Para reafirmar esse ideal, a La Pâtisserie des Rêves ainda promove todos os anos um “piquinique escolar”, ou o chamado Le Goûter, como é conhecido na França o lanche de gostosuras das crianças após as aulas. Dezenas de pessoas, principalmente famílias com crianças, se reúnem em um dos maravilhosos parques de Paris em um domingo a tarde de setembro, usando as cores rosa e branco (cores da loja) para um piquinique de gostosuras oferecido pela loja! No site você ainda acha uma parte dedicada exclusivamente para as crianças, e a loja é conhecida por promover datas especiais e eventos especialmente voltados para os pequenos (mas que encantam também os grandes!)

Uma visita a essa “pâtisserie dos sonhos” é imperdível e recomendo a todos que estejam de passagem por Paris! Tenho certeza que vai deixar uma doce lembrança na sua viagem! 🙂

 

DICAS

Dessance – Um novo conceito em pâtisserie!

Na minha última passagem em Paris aproveitei para visitar algumas pâtisseries novas. Dentre elas, a Dessance, recomendação de uma amiga que mora por lá, e foi a que mais me chamou a atenção.

dessance01

A casa abriu em Paris o primeiro “restaurante de sobremesas” da cidade. O conceito é de uma pâtisserie totalmente diferente do que se vê por lá! O local não é a opção para quem quer comer um doce tradicional, um bom pedaço de bolo ou coisa assim. É uma experiência culinária totalmente nova, um experimento, que você pode achar o máximo, ou simplesmente não ser a sua praia e na saída comprar uma barra de chocolate no supermercado mais próximo para matar a vontade de comer açúcar!

Mas aviso que vale muito a pena a experiência! É sensacional o que eles criaram.

As sobremesas são servidas empratadas, não há uma vitrine de exposição e o ambiente é o de um restaurante muito mais que de uma casa de chá ou confeitaria.

Decoração clean e moderna, poucas mesas, e a bancada de trabalho da equipe exposta bem a sua frente. As sobremesas são feitas e montadas na hora de acordo com os pedidos.

restaurant-dessance-paris01

Existe um menu, também pequeno, mas super interessante e que muda constantemente. Você pode pedir opções avulsas ou um menu degustação, que funciona como um “menu confiance” . Você não sabe o que vai receber, o Chef escolhe o que vai te servir. Como tudo para mim era novidade achei a ideia do menu mais legal e resolvi experimentar. A casa também recomenda algumas bebidas do dia, que são preparações do Chef. Geralmente sucos, chás e misturas diferentes, alcóolicas ou não, para acompanhar as sobremesas. Também vale a pena provar.

O menu degustação pode ser para uma ou duas pessoas. O preço é justo, sem extravagância, e oferece muita coisa. Estávamos em um grupo de 6, foram pedidos dois menus para duas pessoas e as outras pediram coisas avulsas.

O menu incluia um tipo de “amuse bouche” (entradinha), 3 sobremesas/pratos “saison” (feitos com produtos da estação), uma sobremesa “gourmand” (que significa algo mais “gordo”), e “mignardises”, que geralmente são servidas no final de um jantar com o café ou chá.

Eu sei que parece muito! Como assim comer um menu inteiro de sobremesas???? Mas a verdade é que você sai super satisfeito como se tivesse comido uma refeição de verdade, sem ficar enjoado de doce ou com a sensação de que comeu açúcar pelo resto do mês! E foi isso o que mais me impressionou! Acredite ou não, é um menu “balanceado”!

A primeira sobremesa foi a base de beterrabas, bergamota e chocolate branco. Foi uma das avulsas pedidas na mesa. Achei muito gostosa. É diferente sim, combinações talvez exóticas, mas nada que não seja familiar ao paladar. O que mais me chamou a atenção nesse prato é que não há qualquer tipo de açúcar adicionado a não ser o já existente no chocolate branco e na própria beterrada. E realmente não fez falta alguma! Super delicada a sobremesa, ficaria bem no final de qualquer jantar de um bom restaurante francês, assim como as outras que provamos.

dessence 1

No menu degustação a “entrada”, essa cumbuquinha da foto, era um tipo de velouté. Mâche (uma erva), macadâmia, wasabi, sorbet de pêra e pêra marinada com manjerona. E pipocas para dar uma crôcancia, realmente a única coisa irrelevante para mim no prato, podia ter ficado sem. Mas tudo muito leve, delicado, abriu o apetite.

dessence 2

Em seguida o primeiro “prato da estação”: Morangos, sorbet de salsinha, fromage blanc (um queijo leve de sobremesa muito usado na França) e rabanete confit. Foi para mim o melhor dos “saison”! Super refrescante, uma combinação de sabores deliciosa e surpreendente!

dessence 3

Próximo prato banana, sorbet de gengibre, aipo e speculous (um biscoito tradicional de especiarias). Não foi meu preferido em escolha de sabores, mais exótico, mas também super balanceado e sempre com um ingrediente refrescante. Nunca muito doce.

dessence 4

 

O terceiro pêras variadas, sorbet de iogurte grego de ovelha, creme de cerefólio. Mais uma vez uma sobremesa sem nenhum açúcar adicionado! Texturas e temperaturas fizeram essa sobremesa uma das preferidas da mesa.

dessence 5

 

O próximo prato era o “gourmand”, que deu a sensação de ser a “sobremesa” do menu. Uma prato agora sim, doce e voluptuoso como uma sobremesa tradicional. Croustillant chocolate e baunilha, com uma nuvem de caramelo amargo. Uma sobremesa gelada de chocolate baunilha e caramelo. Sabores mais que tradicionais, mas uma combinação infalível e deliciosa!

dessence 6

 

 

Para finalizar, as mignardises, esses pequenos petit fours e docinhos que finalizam a refeição. Esses eu já achei mais sem graça depois de tanta coisa maravilhosa que foi servida, mas também interessantes. Três texturas e sabores variados.

dessence7

A experiência toda foi maravilhosa e me encantou esse novo conceito, principalmente por colocarem o menu de forma tão criativa e nada enjoativa! A mudança dos pratos de acordo com a sazonalidade, uma característica típica dos restaurante de lá, é um charme a mais e dá vontade de voltar para provar as novidades.

Para aqueles que ainda não se convenceram muito, a casa oferece algumas opções “salgadas”, mas sempre com o pé na pâtisserie, como as madeleines de roquefort com creme de limão (assadas na hora!), e um paté de foie gras com maracujá e creme de abóbora (fantástico!).

dessence 8  dessence 9

 

Quem tiver a oportunidade de ir à Paris eu recomendo muito essa experiência culinária maravilhosa que o Dessance propõe! Vá com a mente aberta e aproveite!

Para conhecer mais, o link do site está abaixo 😉

http://www.dessance.fr/

DICAS

L’éclair de Genie e um passeio pelo Marais

Hoje é bastante comum encontrar por Paris pâtisseries especializadas em produtos únicos. Por exemplo, recentemente foi aberta a “Maison de la Chantilly”, uma confeitaria especializada no verdadeiro creme chantilly e sobremesas feitas com ele. Da mesma forma, você vai encontrar casas especializadas em macarons, chouxs, bolos, e, como a nossa pâtisserie do dia, em éclairs!

IMG_5036

 

A L’éclair de Genie abriu suas primeiras portas na região do Marais em Paris. Um bairro super charmoso e um dos meus preferidos para passear e encontrar delícias! Por isso mesmo, vou dar algumas dicas do que ver por lá, além da famosa casa de éclairs!

Dirigida pelo renomado Chef Christophe Adam, a L’éclair de genie é uma pâtisserie especializada em maravilhosos éclairs dos mais variados sabores! Na loja você também encontra chocolates e pralinés, mas as estrelas são realmente os éclairs, que podem chegar a 7 euros a unidade dependendo do sabor, mas valem a experiência! A massa é super leve e macia e os recheios (super bem servidos por sinal!) são realmente de lamber os dedos!

IMG_5043  2014-05-15 10.31.03

 

Aguns sabores são permanentes, como o de caramelo salgado (um dos meus favoritos) e o de maracujá com framboesa. Mas a maioria são sazonais, de acordo com ingredientes da época e datas comemorativas. Os de chocolate são outra atração, pois a cada mês um novo tipo de chocolate (de diferentes partes do mundo) é utilizado para criação de um éclair bombástico!

Tive a experiência de trabalhar na loja por um dia em 2014, ano em que ganhei o concurso promovido pela L’éclair de Genie em Paris para criação de um novo sabor. O concurso envolveu confeiteiros e amadores do mundo todo, que enviaram centenas de receitas para concorrer. Eu mesma fiz quase 10 receitas diferentes para o concurso, todas baseadas em sabores tipicamente brasileiros! Após duas fases muito concorridas e acirradas, fiquei em primeiro lugar com a minha receita do éclair de caipirinha! 🙂

2014-05-15 10.39.19  2014-05-15 10.31.14

 

O prêmio, além de uma viagem para Paris para trabalhar com o Chef Christophe Adam na pâtisserie, consistia em ter o éclair vencedor vendido na loja por todo o mês de junho de 2014 🙂 Foi uma experiência sem igual! Os éclairs são confeccionados diariamente, sempre frescos, e feitos, em grande parte, de forma manual e artesanal. Os ingredientes utilizados são sempre os melhores possíveis! Tive ainda a experiência de vender os écláirs na loja por algumas horas, e foi realmenre muito legal ver o interesse dos clientes no novo sabor “exotic” do Brasil!

Ao se visitar o Marais, uma passada no  L’éclair de Genie é indispensável! Hoje o Chef já conta com várias lojas espalhadas pela “Cidade Luz”, mas a do Marais é, para mim, a mais charmosa e, de quebra, te leva a passear por um dos bairros mais simpáticos da cidade!

Para visitar o Marais recomendo tirar uma manhã e parte da tarde para aproveitar bem o passeio. São ruazinhas lindas que escondem história, beleza, arquitetura, diversidade, museus e uma culinária espetacular! É uma região para passear sem pensar no tempo, para apreciar, para encontrar pracinhas escondidas entre prédios antigos e sentar na grama para aproveitar o dia de sol enquanto toma um sorvete (ou come um éclair!).

2014-05-17 15.57.19

 

 

Entrar em lojinhas fofas, e aproveitar da culinária local maravilhosa, influenciada pela grande comunidade judia que reside na região é outro must! Pelo mesmo motivo é onde o comércio fica aberto aos domingos na cidade, atraindo muitas pessoas e mantendo a região sempre animada!

Cafe-Marianne-Marais-Paris-BoulderLocavore.com-316-e1413432526792

 

Para almoçar recomendo o Chez Marianne, restaurante super tradicional de comida judáica e do oriente médio. Vale esperar uma mesa e se deliciar em um almoço sem pressa. Para os que não tem muito tempo, recomendo um sanduíche no pão pita no Miznon, sempre com ingredientes ultra frescos da estação e opções deliciosas da cozinha israelita! A casa é bem dinâmica e com opções que mudam todos os dias no cardápio. Vale a visita!

3265028661      Miznon-Intérieur

 

No mais é passear e aproveitar cada momento dessa cidade maravilhosa! 🙂

 

 

DICAS

Pâtisserie et Chocolaterie Jacques Genin

Aberta em 2008, a Pâtisserie de Jacques Genin foi uma das que mais me chamou a atenção em Paris, por ter um conceito bem mais clean e moderno de pâtisseries e casas de chá, bem diferente das clássicas e ornamentadas Ladurée e Angelina, por exemplo. Aliás, essa é uma tendência entre os novos Chefs pâtissiers e pâtisseries em Paris, lojas bem menos adornadas, cores mais sóbrias (às vezes até sem graça), mas com foco total nos produtos, que são as verdadeiras jóias.

Jacques-Genin    chocolaterie-genin-Int+®rieur

 

 

 

A loja se divide em chocolaterie (parte especializada em chocolates), confiserie (parte especializada em doces a base de açúcar, como caramelos, marshmallows, nougat, pâte de fruits…) e salão de chá, no primeiro andar. E o atelier/fábrica no segundo andar. Os únicos produtos expostos são os chocolates, caramelos e pâte de fruits. Aqui você não vai encontrar uma vitrine cheia de sobremesas, tortinhas e outras delícias em exposição como vemos com frequência em Paris.

Para provar as sobremesas você tem que conseguir uma mesa no disputado salão de chá, mas vale a pena a espera! Os doces são montados na hora e apresentados em um pequeno cardápio que muda todos os dias. Os destaques ficam, com certeza, com a torta de limão e manjericão, e o mil folhas. A tartelette de caramelo com nozes também vale a degustação, assim como o Paris-Brest ultra recheado! Peça um chocolate quente para acompanhar, combinação infalível!

2013-11-12 16.05.49     2013-11-12 16.05.07     2013-11-12 16.05.58

 

 

Após a degustação no salão de chá não deixe de comprar as delícias expostas na loja, que são as verdadeiras especialidades da casa. Os chocolates são uns dos melhores de Paris, mas o destaque para mim foram, realmente, os caramelos amanteigados (macios, de vários sabores e que derretem na boca!) e as pâte des fruits, que são um tipo de bala de goma, mas feitas com a polpa da fruta de verdade! Deliciosas!

18715967138_ab2e787f7b_z                       14790157756_1dbbb49c72_o

 

 

Os caramelos e pâte de fruits não são baratos, mas valem cada centavo (e mordida!), são excepcionais! E foram inspiração para a criação dos caramelos da La Parisserie, que estarão disponíveis para encomenda a partir de amanhã! 🙂

DICAS

Un Dimanche a Paris e Patrick Roger – Delícias…

Olá queridos seguidores do La Parisserie! A partir dessa semana vou postar dicas de algumas das confeitarias que frequentava em Paris e que acho que valem a visita!

Hoje vou falar de duas que ficam bem próximas uma da outra, o que já faz o passeio ainda mais interessante! 😉

Para quem está indo, ou planeja ir à Paris, uma ótima dica para  sair da muvuca turística é ir passear nos arredores da estação Odeon (linha 10). Lá você vai encontrar cinemas, lojinhas fofas, becos e ruazinhas que parecem esquecidas no tempo, e delícias doces!

Minha primeira recomendação é uma parada para um chá da tarde na pâtisserie “Un Dimanche a Paris”. Ela fica numa ruazinha de pedras com ares boêmios, cercada por bares e lojinhas charmosas, inclusive algumas de cozinha e confeitaria que também valem a visita!

2013-09-19 19.14.09

 

A pâtisserie é dividida em loja, ateliê (exposto ao público), restaurante/casa de chá, além de uma escola de confeitaria no andar de cima.  Os destaques são, principalmente, os chocolates e doces de sabores inusitados, mas deliciosos! Temperos encobertos de chocolate, como grãos de pimenta rosa, chamam a atenção e despertam curiosidade. Vale provar!

2013-09-19 19.22.36 2013-09-19 19.24.12

 

Você pode pedir a sobremesa na loja e levar pra casa, mas vale a pena saborear por ali mesmo na casa de chá! Escolha na loja e sente-se no salão enquanto espera. Recomendo o chocolate quente para acompanhar 🙂 O salão é super bem decorado, clean, mas aconchegante, atendimento impecável.

Saindo dali ande 2 quarteirões até a loja de Patrick Roger, o melhor chocolatier da França. Ótimas opções para um presente mais gourmet! Recomendo as barras de chocolate, que são bem mais em conta e feitas com os mesmos chocolates premiados, além de serem embaladas em um estojinho lindo!

IMG_20140420_010608

 

Os bombons são mais caros, mas valem a degustação, além de serem uma obra de arte! As trufas são M-A-R-A-V-I-L-O-S-A-S, e os chocolatinhos com praliné imperdíveis!! Você pode também visitar a maior loja de Patrick Roger que fica praça de Madeleine. Geralmente com esculturas de chocolate na vitrine de cair o queixo! Mas como é a mais famosa por lá, costuma ficar bem cheia, por isso recomendo a da estação Odeon para as compras e degustações 😉

Para os loucos por doces e pela área de pâtisserie vale o passeio!

 

PERFIL

Depois de se formar em Direito na UFMG, Mariana Correa resolveu mudar de carreira e se dedicar ao que sempre lhe fascinou: a cozinha. Formou-se em gastronomia em Belo Horizonte e, em 2013, foi para França, onde cursou o Le Grand Diplome na renomada escola de culinária Le Cordon Bleu, em Paris, permanecendo entre os cinco melhores estudantes durante todo o curso.

CATEGORIAS

  • DICAS 9
  • ENTREMETS 1
  • EVENTOS 1
  • FRANÇA 11
  • LES TARTES 1
  • PARIS 11
  • PÂTISSERIE 7
  • PETIT FOURS 1
  • RECEITAS 5
  • REFLEXÕES 7

TAGS

belohorizonte commelesfrançais confeitaria cordonbleu dicas doces frança história laparisserie minasgerais natal paris passeio pâtisserie receita reflexão sobremesa tradicional viagem viagens
Tema por Colorlib distribuído por WordPress